CARVALHO POESIAS. #124

Eu entre as espadas da vida 
Que tinem e resvalam-se entre si se corroendo 
As espadas da aceitação, da imposição e do transbordo 
Sempre mal se entendendo 

Eu entre as espadas da vida 
Mais usei a espada do transbordo 
Senti um gosto amargo como o de fel 
Um amargo mais amargo que o chá de boldo 

Eu entre as espadas da vida 
Esperando a sobrevida 
Depois de tanto sufoco e enrosco 
Ainda carrego as marcas de sofrimento no meu rosto 

Eu entre as espadas da vida 
Espero sobreviver, contudo 
Espero que a vida seja justa 
E que me entregue pelo menos um escudo

FELIPE CARVALHO 
07/12/2023

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